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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mudando os Fatos


Não sei dizer pra onde irei. Não sei dizer o que quero. Me faço de surda, me digo ser muda. Em alguns assuntos sou praticamente uma cega ambulante. Quero esquecer assuntos antigos. O Passado me persegue, enfim o passado me persegue.

Tudo oque eu faço me faz lembrar os meus erros. Estou tombando em marcas do passado. Curando cicatrizes e secando as lágrimas. Quero esquecer, somente esquecer. Buscando por um caminho onde o universo conspire ao meu favor. Quero criar um novo começo, refazer uma nova história, fechar a gaveta da solidão e jogar fora meus arquivos de angústia. Quero ser feliz, espero que não seja pedir muito. Deixar de lado assuntos inacabados, jogar cartas antigas e rasgar fotos do passado. Um passado que faço questão de esquecer. Sei também, que meu passado fez a pessoa que sou hoje, porém, teve momentos que não deveriam ter acontecido e se fosse possível jamais teriam se concretizado. Estou me sentindo perdida, nada era assim, sei que sou a protagonista dessa história, portanto, tenho o direito de mudar esse final, não sei como vai ser o percuso dessa estrada. Espero somente ter um final forte e implacável e poder no futuro olhar pra trás e dizer que valeu apena!


Débora Gonçalves

domingo, 5 de dezembro de 2010

Uma vontade chamada: continuar!

De uns tempos pra cá, sempre pensei como poderia ser uma pessoa melhor. Sempre tive sede em superar minhas dificuldades, ás vezes, não sei de onde tiro forças para seguir em frente, é como se algo me segurasse, me prendesse. Uma força imginária parece ter o gosto de me ver triste e sem esperanças. Não sou uma pessoa de desistir fácil dos meus objetivos, mas posso te dizer que muitas vezes tenho meus cinco minutos. Tenho vontade de jogar tudo para o alto, e ir em busca dos meus sonhos mais antigos, que por algum motivo deixei-los de lado e substitui por novos objetivos. Não está sendo fácil, é uma barreira díficil de ultrapassar, e quando alguém chega e me diz que isso é apenas o ínicio eu penso em não está presente para ver o final.

Nunca estou satisfeita com nada, acredito que posso ser sempre melhor, seja nas provas, com a minha aparência ou até mesmo com os amigos. Quando não estou satisfeita com algo costumo jogar a culpa no mundo, só mais tarde percebo que o erro pode ter começado com uma atitude minha, que por ventura não tenha assumido. Procuro evoluir minhas conquistas e quando minhas metas são realizadas com êxito, posso enfim fazer as pazes com a consciência. Mas como tudo na vida é apenas uma fase, vou continuar lutando com minhas forças praticamente não existentes e quando conquistar meus objetivos, saberei com certeza que ainda não chegou o final, mas sim, chegou o momento de partir para uma nova fase em busca de novas idealizações.


Débora Gonçalves

sábado, 4 de dezembro de 2010

No metrô

Entro no metrô praticamente vazio com minha mochila, sento no primeiro banco que encontro, olho pela janela vejo uma cidade agitada debaixo de um céu nebuloso . Pessoas entram, pessoas saem. O metrô não para. Vejo uma velhinha. Vejo uma mulher grávida. Vejo um cara com tatuagens estranhas. Vejo pessoas cansadas. Vejo uma moça com olhar de desprezo. Vejo um rapaz lendo um livro. Vejo uma menina sorrindo. Vejo senhoras conversando e logo atrás tem um homem olhando o seu relógio. Vejo um idoso lendo seu jornal. Vejo um mundo em segundos.

Nesse momento posso sentir que tem alguém medindo meus movimentos e, percebo que não sou a única observadora de pessoas. O metrô corre acelerado. Vejo minha vida passar pela janela, debaixo daquele túnel posso ver, imaginar, e quem sabe um dia realizar a vontade de ser um alguém melhor. É a hora da partida, enfim chega na minha estação, pego minha mochila, deixo as ilusões e continuo andando sem olhar para trás, sem olhar para trás... Sabendo que no proxímo dia naquele mesmo vagão estaram presentes pessoas diferentes, com personalidades e histórias distintas e outros observadores de pessoas passaram por ali, talvez com as mesmas ideias, porém, jamais com os mesmos pensamentos e planos...

Esses por sua vez, são apenas meus, impossível de serem dividos e até mesmo descobertos.

Débora Gonçalves

domingo, 8 de agosto de 2010

A Livraria



Todos os sábados João pegava o metrô e descia no centro. Caminhava uma quadra e chegava à livraria. Era seu mundo onde se sentia tão bem, e perdia noção das horas. Começava percorrendo as estantes tocando nos livros e apreciando as capas.


Observava as pessoas ao redor. Alguns poucos casais, raras crianças e muitos solitários. Na verdade, adoraria conhecer alguém interessante. Sobreviver naquela cidade cinza sem um par era bem frustrante. Passava os dias, sem conversar com ninguém, fora do trabalho. Nem sabia quem eram seus vizinhos e tinha poucos amigos.


No entanto, suas tardes de sábado se limitava em permanecer horas na livraria. Passava infinitos minutos lendo páginas, folheando as biografias e no final escolhia o mais interessante. Não ligava para as melhores indicações de lançamentos, seguia o seu instinto e nunca se arrependia. Depois de realizar sua escolha, levava o livro para a simpática senhora do caixa que sempre lhe dava o troco com um leve sorriso no rosto.


A semana passava rápido, seu trabalho era cansativo, esperava ansioso o fim de semana para se acomodar no seu lugar preferido. Enfim, os dias passaram, chegou o sábado pegou o metrô novamente e desceu no centro. Quando chegou à livraria começou a olhar as estantes, mais percebeu que havia algo diferente. Entrou pelos corredores rodeado de livros. Nada estava do mesmo jeito, os livros estavam organizados de uma forma totalmente perfeita, um perfume diferente ele encontrava no ar. Aquele lugar nem parecia mais o mesmo.


Entre os diversos tipos de livros que havia naquela loja, ele sabia detalhadamente onde ficava cada um, era como se aquilo fizesse parte do seu ser. Mas, por incrível que pareça, naquela mesma tarde, os livros não estavam mais do jeito que ele gostava de observar, por um lado ele aprovou a delicada maneira de organizar os livros nas estantes, porém, tudo parecia tão confuso. Resolveu então, perguntar para a simpática senhora do caixa o motivo daquela mudança repentina.


Chegando próximo do caixa aquele perfume encantador ficava cada vez mais forte, logo percebeu que tinha outra pessoa no lugar daquela simpática senhora. Aproximou-se do caixa enquanto uma jovem moça limpava as prateleiras atrás do balcão. Simplesmente ele não conseguiu deixar de reparar na beleza daquela jovem. Ficou inconformado com tanta perfeição. Nem mesmo na sua fértil imaginação, poderia imaginar o que aquela linda mulher reservava para o seu coração. Clara, era uma mulher diferente, não somente na aparência discreta, quase tímida no comportamento, mas especialmente pela beleza física diferenciada. Naquele momento, ficou sem palavras, a moça olhou com um leve sorriso no rosto, mas nenhuma palavra foi pronunciada naquele instante, apenas olhares em meio a pensamentos confusos.


Voltou para casa, ainda paralisado com aquela pessoa tão encantadora. No seu quarto, dentro das suas quatro paredes ficou perdido em pensamentos, tentando entender de onde vinha aquele sentimento tão profundo que ele jamais tinha sentindo antes, tinha a convicção que estava amando mais que qualquer outro mortal, que em qualquer outro tempo jamais amou, ou viria amar. Um pouco atordoado fechou os olhos e em seus sonhos só enxergava aquele rosto angelical.


Quando o sol se pôs, ele acordou junto com a aurora da manhã, não conseguia por um segundo imaginar esperar o fim de semana para ver aquela moça de beleza radiante. Naquela mesma manhã de domingo, saiu de casa o mais rápido possível, seu desejo de ver novamente aquela jovem era muito intenso.


Quando chegou à livraria, foi direto aos fundos da loja onde ficava o caixa, de longe ele a enxergou. Chegando perto do balcão observou aquela beleza que nem mesmo toda a mitologia grega chegava próximo ao encanto que seus olhos viam. Iniciou uma breve conversa com a moça pedindo desculpas por ter saído da loja daquela maneira tão repentina. Ela o olhou e respondeu balançando a cabeça que estava tudo bem. João sem pensar, resolveu escrever um pequeno bilhete para convidar a moça para sair, ela com um sorriso que surgiu naturalmente, como se fosse um sol dourado afastando a névoa dos dias nublados, leu o bilhete e aceitou seu convite.


Marcaram de sair no sábado depois do expediente. João esperava ansioso chegar o próximo fim de semana, para poder enfim declarar seu intenso e puro amor para aquela jovem um amor tão forte que chegava penetrar sua alma. Deitado em sua cama, o perfume de sua amada o embriagava fazendo levar seus pensamentos para os sonhos dos apaixonados.


A semana dessa vez parecia passar lentamente, as horas eram incontáveis e os segundos pareciam durar uma eternidade. Não agüentando o sábado chegar, foi na quarta-feira, depois do trabalho, buscar sua amada na livraria.


Era uma noite fria e chuvosa, quando chegou na livraria, encontrou a simpática senhora fechando as portas da loja. João sem entender, perguntou onde estava Clara a jovem que trabalhou ali durante as últimas semanas. A senhora dessa vez, não o olhou mais com aquele leve sorriso no rosto. Na verdade, seu rosto parecia sério demais. Um pouco nervosa, ela disse que a jovem Clara tinha sofrido um sério acidente enquanto voltava para casa no domingo, chegando a não sobreviver. Quando a encontraram na rua ela estava segurando apenas um bilhete nas mãos.


João ficou desesperado com essa notícia, voltou para casa totalmente abalado e atormentando, não agüentando saber da morte da sua amada, a única solução que encontrou foi tomar uma dose de veneno para aliviar a dor que deixava o seu ser tão aflito. Enfim, quando sentiu seu coração batendo mais forte descobriu que a única solução para está livre daquele sentimento, seria tirar a própria a vida. Afinal o amor de Clara e João ultrapassavam as fronteiras do universo, sendo um amor em quantidade e qualidade superior ao mais exagerado dos sonhos, o mais amplo do universo aquele amor intenso puro e verdadeiro impossível de ser compreendido por qualquer outro mortal.

Débora Gonçalves.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mentiras



Ás vezes paro para refletir, me vejo diante de tanta falsidade. É incrível a capacidade que o ser humano tem de enganar as pessoas... Muitas vezes fazem isso para se livrar de uma culpa, ou talvez assumir uma realidade que não exista. Ai eu me pergunto, será que mentir é mesmo necessário?... O que ganhamos com isso? Qual benefício uma mentira pode trazer para nossas vidas?... É estranho pensar desse jeito mais ás vezes mentir é necessário sim, não para criar uma verdade imaginária sobre sua vida, mais talvez para evitar o sofrimento do proxímo. Mentir é um mal, muitas vezes necessário, mais devemos assumir a realidade. Dizer mentiras pode sair caro, causar danos maiores que assumir verdades. Afinal a vida não se resume apenas em criar certezas que não existem. Nossa vida é feita de momentos, lembranças, e sentimentos... Durante o percurso de nossas vidas, encontramos pessoas na qual algumas permanecem por um longo tempo e outras simplismente perdemos o contato. Portanto, não importa o valor que determinada pessoa exerce em sua vida, devemos ser leais e sinceros com o proxímo. Afinal não queremos que um dia alguém nos engane! "Aquele que diz uma mentira não sabe a tarefa que assumiu, porque está obrigado a inventar vinte vezes mais para sustentar a certeza da primeira."

É mais do que sustentável dizer agora "Quem é de verdade sabe quem é de mentira", isso é fato vendo que as pessoas precisam mentir para ocultar certas coisas que queriam dizer ou não tem coragem de dizer, hoje eu descobri mentiras que estavam se firmando como verdades e é difícil acreditar, como sempre confio demais, deixo-me levar pelas palavras soltas ao telefone, mas só hoje percebi o quanto eu fui otário, mas será que eu terei a coragem de perdoar?! Jesus me ensinou a perdoar sempre, eu farei isso, não guardo rancor.

Mentiras não são palavras falsas e sim as pessoas que as falam em determinadas situações as fazem ser falsas, mentir para não magoar quem nós amamos talvez seja errado ou talvez seja certo. Todos já mentiram mesmo que seja uma mentira inofensiva que não vá magoar ninguém, mas mesmo assim é uma mentira.Algumas vezes as pessoas acham que a única opção é a mentira, mas sempre vai ter a opção de contar a verdade mesmo que seja tarde e que faça alguém sofrer, mas isso vai passa e talvez aquela certa pessoa entenda porque de um jeito ou outro você falo a verdade um pouco tarde demais, mas falou e é isso que importa.

Débora Gonçalves